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Vale do Pati

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7 opiniões sobre Vale do Pati

Travessia Vale do Capão - Andaraí em 5 dias

Excelente

Uau! Foram 5 dias maravilhosos! Nunca pensei que houvesse aqui no Brasil uma travessia tão linda! O contato com a comunidade local também deixa a travessia mais charmosa. E quem não gosta de ouvir os 'causos' que somente quem mora lá dentro do vale pode contar?
No primeiro dia fizemos do Vale do Capão (Bomba) até a Igrejinha (Ruinha), passando pelos Gerais do Rio Preto, o famoso Quebra Bunda e o Gerais dos Vieira. Lindas vistas do vale! 26 km em 9 horas de caminhada!
No segundo dia, subimos o Morro do Castelo (Morro da Lapinha) e voltamos para Igrejinha para dormir.
No terceiro dia fizemos da Igrejinha até a Prefeitura, passando pelos Funis (lindas cachoeiras do Rio Pati).

No quarto dia fizemos da Prefeitura até o Sr Jóia, já no Baixo Pati, uma rota não muito conhecida ainda pelos turistas, bem mais vazia e por isso ainda muito conservada!
No quinto dia fizemos do Sr. Jóia até Andaraí, subindo pela Ladeira do Império, um subidão sem fim...
O lugar é lindo, mas aconselho a fazer a travessia com um guia especializado. Fizemos com o Dmitri de Igatu, da Chapada Trekking e recomendo! ;)
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Travessia Guiné-Andaraí

Excelente

O Vale do Pati, na Chapada Diamantina, permite uma grande variedade de rotas de caminhada. Optamos por fazer a travessia saindo da localidade de Guiné até a cidade de Andaraí, em um percurso maravilhoso, que durou 3 dias, com os pernoites são realizados em casas de moradores que nos acolhem com hospitalidade e comida farta em suas moradias simples. Os caminhos são acompanhados pela visão dos belos paredões rochosos que vão adquirindo belas tonalidades nos finais de tarde. A depender do tempo disponível, há disponibilidade de banhos em cachoeiras e subidas a mirantes para desfrutar de ótimas paisagens.

É muito recomendável contratar uma empresa especializada no local - na cidade de Lençóis há várias delas - para guiar o turista
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Uno

O Vale do Pati é um cenário dos mais exóticos que já estive, mesmo tendo morado em muitos lugares, e também fora do Brasil, como Inglaterra e Estados Unidos. Seus Cânions, cachoeiras e a beleza da flora e fauna remontam a tempos Pré Históricos e em perfeita sintonia com seus nativos, hoje muitos deles guias de turismo.

Minha aventura com o Vale se deu por conta do romance UNO, que venho desenvolvendo desde 2012, cuja personagem Landa é uma aromaterapeuta em busca de novos óleos essenciais. Eis ai seu laboratório vivo.

Foi em viagem de aniversário em comemoração aos meus cinquenta

Anos que intui esse belo romance, Somos Um é a diretriz de seu conteúdo em progresso sob minha pesquisa de campo e autoria.
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Trekking no Vale do Pati

A trilha do Vale do Pati é considerada um dos trekkings mais bonitos do Brasil. Na imagem, avistamos o Mirante do Pati, de onde é possível ver, de maneira panorâmica, uma parte do Vale.

A experiência de conviver com os poucos nativos, compartilhando com eles o dia a dia no local, é uma experiência marcante e apaixonante. É recomendável um trekking de 7 dias, para aproveitar a maior parte dos atrativos desse local.

80 kms de trilhas no coração da Chapada Diamantina

A história começa bem antes, mas já que são poucas páginas, vou pular a introdução. Estava na Chapada Diamantina, em Lençóis, cidadezinha pequena de pouco mais de cinco mil habitantes, mas ainda assim, a capital turística da Chapada.

Lá vivem descendentes de garimpeiros, gente que foi trabalhar com turismo e um monte de gringos que se encantaram com o lugar e ficaram. Até Jimmy Page, do Led Zeppelin, morou lá. Dá pra crer? Disse o meu guia que certo dia recebeu o Page em sua própria casa pra tomar um café. Acredito ingenuamente, porque o meu guia, o Pedro (onde cê vai eu também vou), é sangue bom.


Enfim, pirei em fazer o famoso trekking do Vale do Pati, considerado por muita gente o mais bonito do Brasil, e em matéria espiritual, comparado até com Santiago de Compostela. Poxa! E eu não sabia disso até estar na Chapada Diamantina. Em 2010, ganhou o prêmio de melhor roteiro do país, do Ministério do Turismo. Mas isso eu também só fui saber depois.

Adepto do “faça você mesmo”, pão-duro e pobre, tinha planejado estudar as trilhas e me aventurar sozinho, sem guia. Mas depois de ler os relatos de quem fez a trilha e entender a complexidade do lugar, achei prudente contratar um guia e ir mais tranquilo.

No meu grupo, além do Pedro, mais duas pessoas: o mineiro Luiz e o paulista Gilberto, ambos fazendo a trilha do Pati pela primeira vez.
Partimos no dia 20 de janeiro, segunda-feira, de manhã. Saindo de Lençóis, fomos levados de carro até Guiné, onde a trilha começa.

Já de cara, um paredão de pedra separa o Vale do Pati do resto do mundo. A subida é cansativa, ainda mais carregado com a bagagem para a trilha e o equipamento fotográfico – câmera, lentes, tripé, etc e tal. Minha sorte foi ter passado por um período de preparação no Vale da Utopia, carregando comida e galões de água através da trilha que leva da Pinheira à Praia do Maço, uma vez por dia. Portanto fiz esse trekking no melhor momento possível, me sentia muito bem, saudável e em forma. Espiritualmente também sentia ser o momento ideal para caminhar quatro dias por 80 km no meio do mato e dos paredões da Chapada Diamantina. Uma caminhada que propicia um bom tempo consigo mesmo.

Tem pontos de muita dificuldade e outros de longos quilômetros de área plana, onde a distância entre cada um do grupo chega a mais de 200 metros, proporcionando ótimos momentos “a sós” com a Chapada. Tive o privilégio de ver cada trecho com olhos de quem procura uma oportunidade fotográfica. Não me frustrei em nenhum momento, sempre que achava válido, parava e fotograva calmamente, depois corria atrás da distância perdida. Aliás, não falta o que fotografar por ali. Desde os detalhes das plantas e dos insetos, pequenos mamíferos, répteis, pássaros, até a paisagem, que muda a cada instante, com seus colossais paredões de pedra erguidos por todo lado.

Depois da subida íngreme, a trilha ficou tranquila e se passaram vários quilômetros planos. A paisagem é quase uma pintura, galhos secos contrastando com o capim florido e os paredões subindo ao longe. Pastando tranquila, uma mula, quase um símbolo do Pati. O animal é o único com a resistência e a força necessárias para levar mantimentos da cidade para o Pati e escoar a produção de frutas dos moradores locais.

Como parava o tempo todo para fotografar, fiquei alguns minutos atrás do grupo. De repente, sem dar nenhum sinal, ao sair do meio da vegetação, me deparo com uma vista de tirar o fôlego. De cima do paredão, surge todo o Vale do Pati, 300 metros abaixo. Impossível descrever a sensação. Fiquei sem palavras. Um silêncio de admiração tomou todo o grupo por alguns minutos. A imponência da paisagem é inexplicável. No meio, o Vale, cercado pelo Morro Branco, à esquerda, Morro do Castelo, à frente, e Morro do Sobradinho, à direita.

Descemos em direção ao Vale por uma trilha íngreme e difícil e, ao fim do dia, chegamos à nossa base, a casa da Dona Raquel, muito conhecida dos que fazem as trilhas do Pati. Casinha simples e aconchegante, adaptada para receber os turistas. Comida local maravilhosa e merecida depois de um dia de intensa caminhada. E um dos banhos mais gelados da minha vida.

Pernoitar na casa dos moradores locais torna a experiência ainda mais rica. Lá se encontram muitos dos que também estão fazendo as trilhas, propiciando um intercâmbio cultural com gente do mundo todo, e também um contato maior com a cultura local. Aprendi, por exemplo, que a colonização do Vale do Pati aconteceu num período de seca especialmente severa, obrigando o povo a migrar em busca de água, chegando ao Pati, uma mata de galeria impressionante, que se mantém verde mesmo durante as secas. Ali se estabeleceram e estão até hoje.

O Vale amanhece nublado e úmido. As nuvens cobrem os picos dos morros de pedra. Pedro conta que esse é o amanhecer típico do lugar, mas por volta das 10 horas o tempo começa a abrir. A casa de Dona Raquel fica aos pés do Morro do Sobradinho, com vista para o Morro Branco e o Morro do Castelo, bem no meio do Vale. Depois de um café da manhã reforçado, pegamos o caminho rumo ao Cachoeirão, um complexo com diversas cachoeiras, a maior delas com mais de 300 metros. Um espetáculo!

A trilha não apresenta muitas dificuldades. No trecho vários pássaros e uma flora rica e bonita. Muitas bromélias e flores. Poucos metros antes do Cachoeirão, paramos para lanchar e recarregar as garrafas de água num riacho que acaba bruscamente num laguinho de não mais de 10 metros de largura. Dali, o riacho continua sua trajetória subterrânea até despencar no Cachoeirão. A vista de cima é espantosa. A queda é tão alta que o vento traz de volta as gotículas de água, que caem como chuva. Trezentos metros abaixo, o lago formado pelas cachoeiras segue num riozinho sinuoso cercado por densa vegetação.

Voltamos pelo mesmo caminho, e já no começo da trilha, encontramos um mocó, roedor pouco maior que um preá, que eu desconhecia. O bicho foi bastante solidário e se deixou fotografar bem de perto. O restante da trilha foi tranquilo.

O objetivo do terceiro dia era fazer a trilha da Cachoeira dos Funis. Esse trajeto segue beirando o rio, foi um pouco mais difícil, bastante escorregadio e com várias cachoeiras. Em determinada altura, deparamos com uma cobra caninana de mais de dois metros. O guia me explicou que a cobra, apesar de agressiva, não é venenosa. Fiquei tranquilo para fotografá-la bem de perto. O bicho mostrou o limite armando o bote e ameaçando atacar. Mas já havia tirado muitas fotos, deixamos a cobra na dela e continuamos o caminho.

Chegamos à Cachoeira dos Funis. Uma queda não muito grande, mas muito bonita, que dá num poço de água negra, devido à grande concentração de tanino e ferro. A água é gelada e dá a sensação de que acabou de sair de uma geleira. Ali encontramos outros grupos de caminhantes e tirei uma das fotos preferidas da Chapada. Acho que expressa bem o clima e a paz do lugar.

Subimos o rio um pouco mais, visitamos algumas cachoeiras e voltamos por um caminho diferente, passando pela igrejinha, outro paradeiro do lugar. Lá acampavam alguns argentinos. Paramos para provar a cachaça local no barzinho ao lado e seguimos caminho rumo à base.

Chegou o dia de voltar para o mundo. A trilha segue outra direção, rumo ao Vale do Capão, há 20 km, onde termina a caminhada. A volta não foi menos impressionante.

Os longos trechos planos propiciam diversos pontos de vista sobre a mesma paisagem, e ótimos momentos de reflexão sobre os dias no Pati. Terminei a trilha decidido a voltar e, dessa vez, passar mais tempo no Vale e na Chapada, quem sabe morando ali por alguns meses para de fato conhecer o lugar. Sem dúvidas, merece que se dedique muito mais do que alguns poucos dias.
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Informação Vale do Pati