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Travessia de ferry no Canal da Mancha

2 opiniões sobre Travessia de ferry no Canal da Mancha

Uma viagem diferente

O canal da Mancha é uma faixa do Oceano Atlântico que separa a Grã-Bretanha do continente europeu. Um dos meios de se atravessar o canal é de ferry, o que muitas vezes pode ser mais barato do que de avião ou de trem (pelo Eurotunel).
Há algumas empresas operadoras de ferry que fazem esse serviço 24h por dia, todos os dias. Existem mais de uma rota dessa travessia, sendo a mais curta e conhecia a rota entre Calais (França) e Dover (Inglaterra). Algumas empresas de ônibus que fazem viagens da Grã-Bretanha para o continente fazem uso dos ferries.
A reserva num ferry deve ser feita com antecedência, já que as vagas podem acabar em ferries em horários de muito movimento. É recomendável que se chegue com bastante antecedência ao porto, mais do que a indicada na hora da reserva, isto porque antes de entrar no porto é necessário passar pela imigração, já que trata-se de uma viagem internacional. Nos postos de imigração britânico e francês, é preciso mostrar o passaporte e documentos que podem ser pedidos, e muitas vezes as filas são muito longas e demoradas.

Quando já dentro do ferry, os automóveis ficam estacionados e todos devem subir para o deck para passageiros. Não é permitido acesso aos automóveis durante a viagem, que dura 90 minutos. No deck para passageiros pode-se descansar nos sofás e poltronas, fazer um lanche ou refeição num dos cafés ou restaurantes, entreter-se com os jogos eletrônicos, fazer compras no duty shop (pode estar fechado em travessias noturnas) ou apreciar a vista ao ar livre. A chegada em Dover é especialmente bonita, com os paredões brancos da costa britânica!
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Travessia.

No meu intercâmbio na Europa, me conheci. Me apaixonei. Me entendi. Me aceite. Me perdi. E me encontrei. Durante meu período na França, me apaixonei. Por alguém do mesmo sexo que eu. E isso, acreditem, não foi fácil. Entre medos e incertezas, acabei, aos poucos, percebendo que não havia problema nisso. Que eu, sim, era privilegiado por conseguir me encontrar e me aceitar. E de aceitar esse sentimento, é claro.

O problema é que essa clareza na mente e no coração só surgiu quando era hora de seguir viagem. Quando eu me dei conta de que aquele rapaz, simpático e sorridente francês, seria deixado pra trás. E eu seguiria adiante, indo para a Inglaterra de balsa. A travessia pelo mar trouxe com ela uma certeza. Eu estaria atravessando a mim mesmo. De um lado, o Gabriel que ficava. Do outro, um novo Gabriel - consciente sobre si mesmo. Feliz consigo mesmo. E, naquele momento, eu me sentia no meio da ponte. Dando adeus pra um Gabriel enquanto já avistava, lá do outro lado, um Gabriel ansioso por novas experiências. Escrevi um poema. Decidi que queria ele na minha pele, representando um momento tão crucial na minha vida quanto o que estava vivendo. E fiz isso.


A consciência de que, sim, "o mar é imenso", mas que "a-mar é maior", me atingiu em cheio. E está comigo, na pele, até hoje. Me lembrando desse período. Dessa travessia que significou tanto. Da França para a Inglaterra via mar. De um Gabriel inseguro para um Gabriel dono de si mesmo via a-mar. Eu amei, eu me entendi, eu me aceitei.

Na travessia de balsa, seguindo viagem, nesse mar tão profundo e imenso, eu me entendi. E vi, de uma vez por todas, que o a-mar é, sim, maior que tudo. Fotografei o momento, em alto mar. Guardo comigo na pele. Nas memórias. No HD do computador. E impresso na minha parede.
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