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Estátua de Alessandro Farnese

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Alessandro Farnese foi o terceiro duque...

Alessandro Farnese foi o terceiro duque de Parma e Piacenza e quarto duque de Castro, na Itália Central. Foi um dos maiores condottiero (comandante de um exército de particular superioridade estratégica) do século XVI, a serviço da Espanha. As suas vitórias contribuíram a dar forma ao aspecto geopolítico da Europa moderna. Nasceu em Roma, filho de Ottavio Farnese (1524-1586) e neto do papa Paulo III.

Foi na Espanha que se formou e onde viveu por alguns anos, até que seu pai o mandou a Parma, para conduzir o ducado. Foi nesse período que os otomanos assaltaram Chipre, conquistando quase imediatamente Nicósia mas encontrando dificuldades com a fortaleza veneziana de Famagosta. Pio V apelou-se a inteira sociedade cristã para a formação de uma aliança para combater a frota turca, que ameaçava a dominar todo o mediterrâneo. Giovanni d’Austria, tio e amigo de Alessandro, foi nomeado comandante supremo e o chamou para lutar ao seu lado. A frota cristã e aquela turca se bateram no golfo de Lepanto, na Grécia. A batalha foi violentíssima e Alessandro se distinguiu, mais uma vez, pela sua coragem e sua perícia militar. A “Liga Santa” venceu a frota turca, mais numerosa, liberando mil e quinhentos escravos cristãos usados como remadores e impôs uma derrota definitiva ao expansionismo turco.


Tornou a Parma, mas em 1577 convidado por Felipe II, sob solicitação de don Giovanni, Alessandro Farnese chegou a Flandres. Em 15 de Dezembro Alessandro atravessou os Alpes para nunca mais retornar à Itália. Ali ele organizou o exército e comandou batalhas importantes. Em 17 de Maio de 1579 com a assinatura do “Tratado de Arras” as províncias católicas reconheceram Alessandro como governador, renunciando às aspirações independentistas. Desde então os sucessos se seguiram um após o outro: Em 1584 conquistou Gand; em 1585, Bruxelas e Nimega. Em 1585 caiu, ainda, Anversa, que para ser bloqueada por mar Alessandro fez construir uma ponte longa 720 metros.

Alessandro Farnese, com as suas vitórias, modificou definitivamente a geografia dos Flandres. A Holanda obteve finalmente a sua independência em 1648; as províncias do sul que restaram na órbita católica, passaram aos Ausburgo da Espanha, depois aos Ausburgo da Áustria; ainda que com numerosas amputações territoriais em favor da França, tais províncias acabaram por formar o que hoje é a Bélgica.

Foi seu filho, Ranuccio Farnese quem encomendou as duas estátuas equestres em bronze para homenagear o pai falecido e para garantir a si mesmo um registro artístico na história. À esquerda da praça encontra-se a estátua de Alessandro, enquanto a estátua de Ranuccio está à direita. Alessandro é envolvido em um flutuante manto sobre um cavalo impetuoso. Este é considerado a obra-prima de Francesco Mochi, que com esta obra supera a estática verificada no monumento de Ranuccio, antecipando a dinâmica barroca. A base é coroada por harmoniosos querubins e ao lado existem dois baixos-relevos que retratam Alessandro recebendo os embaixadores da rainha Elisabeth (1587) e o assalto à cidade de Anversa (1587).

Obra-prima indiscutível da estatuária barroca, os dois monumentos equestres que batizam a maior praça de Piacenza, são obra do escultor toscano Francesco Mochi, que trabalhou por 16 anos para a realização dos monumentos. A estátua de Alessandro Farnese foi instalada em 1625, cinco anos após aquela de Ranuccio, seu filho. Os críticos inclinam-se à estátua de Alessandro Farnese, reconhecendo que as diversas experiências do escultor após a escultura de Ranuccio romperam definitivamente um ciclo clássico, dando volume e movimento à sua obra, como pode-se notar pelo movimento do manto, a impetuosidade do cavalo e a tensão do cavaleiro. Também chamadas de “Cavalos de Mochi” – mas não em Piacenza – pai e filho restam na praça, vigilantes pelo futuro do antigo ducado.
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Informação Estátua de Alessandro Farnese