No tempo dos bondes
Quando o Rio de Janeiro se tornou a sede do Império, algumas mudanças da infraestrutura tinham que ser feitas principalmente no que diz respeito ao transporte. Realizado por carruagens desde o século XVIII, o transporte destinado aos abastados não era uma solução prática, por isso que aos moldes da Europa, foram criadas as companhias de bondes.
Pioneira no Brasil, a Companhia do Caminho de Carris de Ferro do Jardim Botânico, foi criada para fazer uma linha que integrasse o centro aos bairros adjacentes, como onde hoje são conhecidos como Zona Sul da cidade. Porém, os bondes ainda eram puxados por animais, aliando progresso e retrocesso, quando o Barão de Mauá deu um pontapé para a modernização do transporte que só ocorreu no fim do século XIX.
Um dos marcos desta modernização é antiga usina elétrica de alimentação dos bondes, localizada na Rua Dois de Dezembro, ao lado do Museu das Telecomunicações. O prédio foi reformulado e até hoje exibe uma fachada requintada que lhe valeu o tombamento ainda no início do século XX. Hoje o local é sede do Instituto de Arquitetos do Brasil do Rio de Janeiro, que realiza frequentemente exposições, além de ter um acervo voltado para área.
Na rota das principais atrações do Flamengo, Catete e adjacências, o antigo prédio da Companhia do Caminho de Carris de Ferro do Jardim Botânico vale uma visita, nem que seja para admirar a beleza do prédio.


