Maíra Lemos Cadaxa
Transcendente.
Demoramos cerca de três horas para chegar. Eu e mais quatro amigos em um carro pequeno alugado. Nos disseram coisas boas: "a vista é linda" "é o ponto mais ao norte de ilha", " vale a pena".
Sabe, as pessoas foram modestas. Gentis. Sabiam que nunca poderiam preparar ninguém para o que é Formentor. Para a estrada sinuosa, para o cheiro da maresia, para o ruído suave das ondas batendo nas pedras, para a maneira em que nos sentimos pequenos.
Às vezes leio livros que usam palavras quase nunca usadas: majestoso, magnífico. Transcendente. São palavras que fizeram sentido pra mim ali. Tirei a foto antes de irmos escalar uma das pedras para ver o pôr do sol.
Era inverno em Mallorca, o vento batia gelado nas minhas bochechas, nas minhas mãos. Senti o mundo imenso ao meu redor e tomei um tempo para assimilar tudo. A maneira em que as nuvens se moviam, como os raios de sol dançavam e como o mar sentia infinito.
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