A 4 horas de autocarro de Hanoi
A 4 horas de autocarro de Hanoi, esta baía inundada de milhares de ilhas de todos os tamanhos e feitios, é um dos highlights do Vietname, um dos cartões de visita do país e, depois de lá ter estado, percebi porquê, e recomendo.
Na estrada entre Hanoi e Halong Bay é possível ver todos os tipos de animais, cemitérios, prédios inacabados. Mas depois no horizonte, destiguem-se os chapelinhos bicudos dos vietnamitas nos campos de arroz (normalmente mulheres... Os homens pouco fazem neste país!). Ultrapassa-se pela esquerda e pela direita, normalmente pelos dois lados ao mesmo tempo, numa estrada onde existe uma só faixa para cada sentido. Não há sinais e quando há, obviamente não se respeitam.
O plano era passar dois dias e uma noite num barco e os meus olhos até ficaram em bico quando percebi o luxo em que íamos viajar, tendo em conta os sítios por onde andámos. Foi dos melhores duches! Como esta é época baixa, não havia muitos barcos, o que também ajudou. Uma curiosidade, todos os barcos têm a bandeira Vietnamita, penso que é pelo facto de o governo investir bastante nesta zona como fomento ao turismo.
Parámos numa vilinha de pescadores flutuante e consegui "conversar", através do guia que serviu de intérprete, com um pescador mais velho. Percebi que vivia ali desde criança com a sua família. Os seus olhos e rugas espelhavam uma vida passada no mar, ao sol, a pescar, uma vida cheia e rica.
O fim de tarde foi épico, ao som de Bryan Adams numas velhas colunas, na companhia de duas francesas, comeram-se pringles, beberam-se jolas e viu-se um pôr-do-sol memorável.
Estar ali é estar em paz. A calma e um silêncio para compensar a confusão das grandes cidades. Senti a minha cabeça (e o meu coração) a acalmar depois da quase revolta interior que experienciei em Saigão.
Já percebi o porquê da nomeação deste paraíso como património mundial.
Às 18h o jantar foi servido em mesas de madeira maciça e com direito a toalhas e guardanapos de linho. O chiqué! A noite acabou em grande com o staff a dar um autêntico show no karaoke. Escorriam-me lágrimas pela cara quando os vietnamitas decidiram cantar Celine Dion, Bryan Adams e Beatles. O grupo parecia ter sido escolhido a dedo e todos alinharam em cantar.